Edgar Morin esteve recentemente no Brasil para falar de maio de 68, uma revolução que o intelectual pensou e viveu. Otimista, ele disse que fatos históricos raramente se repetem, mas que as bases ou a pulguinha da revolução já foram lançadas e inspiram jovens de todo mundo.
A França é realmente incrível. Um país de revoluções, onde o Estado está ao tempo todo sofrendo pressões populares. Querem retirar direitos trabalhistas, a população vai às ruas. Se há segregação, os oprimidos chamam um levante e chamam a atenção do mundo. E nós, terceiro mundo? Sem passado revolucionário e com lutas sociais históricas abafadas, esquecidas, manipuladas e recontadas, será que não somos um povo de revolução? Nesse país tropical há por ano aproximadamente 300 mil mortes por desnutrição e nenhuma manifestação é feita.
Diz Morin que num mundo descrente, qualquer tipo de manifestação é válida, pois isso permite a configuração da cidadania, a negação do apolitismo. De que forma você se manifesta? O que tem na sua bandeira, na sua camisa, na sua cabeça?
Um comentário:
perdeu o cabacinho...
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