sábado, 3 de maio de 2008

O dia em que o W foi demitido pelo K.

Era uma tarde de sexta-feira não diferente de qualquer outra, chovesse ou fizesse sol, como uma sexta antecedendo o final de semana subseqüente. W levava tranquilamente mais um dia de trabalho, com sua humildade habitual se preparava também para laborar no sábado. De repente, um telefonema. K chama W para uma reunião em seu gabinete. Sem mais nem menos K diz a W que a partir daquele momento seus serviços não mais seriam necessários. K alegava a incompetência de W. Mais tarde, tudo foi desvendado. PP, amigo de W, mas também de K, descobriu que a razão pela qual K demitira W era tão torpe quanto uma briga de letras do alfabeto.

No mesmo dia em que W foi demitido, uma confusão danada ocorreu na Academia de Letras. Não havia substitutos para W. A chamou B para ajudar a F e a P naquilo que era função e domínio de W. B assuntou o porquê daquilo tudo. Foi quando F e P relataram o corrido: a demissão de W. Mas seria possível, um signo tão bom, que a ninguém incomodava, discreto apesar de notório? E o pior é que nem o L ou o D, os reais chefes de W, fizeram qualquer queixa da sua suposta incompetência a K. Caiu por terra esse argumento.

Por detrás dessa história, o pano de fundo é a corrida eleitoral na salada de letras que decidirá o líder do alfabeto. CA versus AS. O pecado de W foi ter amizade com N, completamente alinhada a AS – ou simplesmente S para os mais chegados. Ingenuidade de W: nessa selva de letras, amizades inapropriadas podem significar a exclusão da dança do beabá. Mas no Governo de CA é assim mesmo, ou alfabetiza na cartilha ou vai pra rua. Que vire poesia marginal, concreta ou essas porcarias que o povão não entende e não tem acesso.

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